Para tentar diminuir a crise provocada pela denúncia de publicação de atos secretos, a Mesa Diretora do Senado e os líderes partidários decidiram hoje, depois de uma reunião de duas horas, colocar todos os gastos do Senado no Portal Transparência e acabar com a folha de pagamentos suplementar. Os senadores também aprovaram a participação de um subprocurador do Ministério Público e de um auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) na comissão de sindicância instalada para investigar os 663 atos secretos publicados desde 1996.
O líder do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que a reunião foi um avanço. "A reunião deu um alívio. Saímos da agenda defensiva para uma atitude pró ativa. Mas ainda não estancou a crise", disse o senador. Agripino Maia afirmou que a folha de pagamento suplementar era uma forma de esconder o teto salarial. As medidas foram anunciadas também pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no plenário da Casa. A Mesa Diretora confirmou ainda a demissão do diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, e do diretor de Recursos Humanos da Casa, Ralph Siqueira, anunciadas no começo da tarde pela presidência do Senado.