De olho nas eleições de 2010, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho deixou o PMDB para se filiar ao PR. A troca de partido foi anunciada por Garotinho em seu blog.
No PR, Garotinho deve encontrar espaço para se candidatar ao governo do Rio em 2010. Se ficasse no PMDB, Garotinho não teria essa chance. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), quer tentar a reeleição. Em última caso, se desistir da candidatura própria, o PMDB pode se aliar ao PT. Entre os prováveis nomes do PT para o governo do Rio está o do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias.
"Não defini se serei ou não candidato ao governo do Estado, mas é necessário que desde já esteja sendo elaborado um novo projeto de desenvolvimento e justiça social para nosso estado, que está sendo desmantelado pelo atual governador[Cabral]", diz Garotinho em mensagem postada no blog ontem à tarde.
Hoje, ele informou que está em Brasília para avisar que está se desligando da legenda ao presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), e à presidente em exercício do partido, Íris Resende (GO).
PMDB dividido
Na carta que entregará a eles, Garotinho diz que o PMDB está dividido e ataca Cabral. "Não posso concordar com os rumos que o PMDB está tomando no Estado do Rio de Janeiro. Não quero compactuar com o retrocesso que nosso Estado está vivendo, com a descontinuidade de um programa de governo que tinha como foco desenvolver e distribuir. Um governo do cidadão. O Estado do Rio não pode continuar assim. O Estado do Rio merece mais."
Garotinho diz que Cabral mudou a política de sua gestão e da sua mulher, Rosinha Matheus. "O PMDB está rachado em dois. Um é o PMDB que ajudei a construir, que derrubou o muro invisível que separava a capital do interior e implantou um jeito novo de governar. Outro é o PMDB que coloca muros em torno das favelas como se fossem campos de concentração."