A coligação "Uma nova atitude para São Paulo", que apoiou Marta Suplicy (PT) nas eleições de 2008, entrou com recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o prefeito reeleito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM).
A oposição acusa o democrata de ter promovido evento ilegal de campanha em julho do ano passado, caracterizando conduta vedada a agente público e compra de votos.
Segundo o recurso, a prefeitura paulistana teria convocado funcionários para o evento, com promessa de pagamento de horas extras, e disponibilizado ônibus para transportar os servidores até o clube Espéria, local do encontro.
Eles alegam ainda que o ato teria sido marcado pela divulgação do programa de saúde da campanha governista, tendo contado com participação de um animador de auditório, que convocava a plateia a gritar "Kassab prefeito". A coligação pede a aplicação de multa e a cassação do prefeito e de seu vice, com aplicação da inelegibilidade por três anos da data do pleito.
Rejeição
A acusação já foi rejeitada pelo juiz eleitoral do município e pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo, por ausência de provas.
O Ministério Público Eleitoral também não viu ilícito algum nos fatos apontados pela coligação adversária de Kassab. "As provas produzidas não confirmaram as acusações iniciais.", diz o Nas instâncias inferiores, Kassab negou que o evento tenha sido patrocinado pela prefeitura. Segundo ele, a reunião foi um encontro de sua equipe de campanha com pessoas da área da saúde, e não teria havido a alegada convocação de servidores.
Outro lado
O advogado de Kassab, Ricardo Penteado, afirmou à *Folha Online* que a coligação da petista já perdeu duas vezes na Justiça. "Ela [Marta] não cansa de perder."