O avião utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em suas viagens internacionais, modelo Airbus 319 --conhecido como Aerolula--, está em manutenção no centro tecnológico da companhia TAM, em São Carlos. Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), a aeronave deve passar por uma adaptação no sistema de controle de velocidade em condições de gelo para a melhoria de eficiência do equipamento.
O procedimento segue orientação do fabricante e estava programado desde abril. O Airbus é do mesmo fabricante do A330 que fazia o voo 447, da AirFrance, que se acidentou no Atlântico no dia 31 de maio, quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, levando 228 pessoas a bordo.
Uma das linhas de investigação para as causas do acidente com o voo 447 aponta é que poderia ter ocorrido um problema com sensor de velocidade da aeronave. Após o acidente, a Air France informou que havia recomendado no ano passado a troca destes sensores. Segundo a companhia, no ano passado foram registrados outros problemas na Air France e em outras companhias relacionados com os sensores que enviaram informações contraditórias sobre a velocidade.
A incoerência desses dados pode fazer com que sistemas eletrônicos dos aviões deixem de funcionar, como o piloto automático.
A FAB não soube informar até quando o avião ficará em manutenção. Segundo a Aeronáutica, não "há relação com o acidente ocorrido recentemente com o Airbus A-330 da Air France".
Em março, o Airbus presidencial não chegou a levantar voo em Nova York para trazer o presidente Lula de volta ao país. Com um defeito na porta, o Aerolula não conseguiu decolar dos EUA. Segundo o Palácio Planalto, o avião não teve condições de voo depois que a escada que serve para o embarque de passageiros bateu e empenou a porta da aeronave.