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Politica

Palocci agradece PT e condena pressa em candidatura

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O ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) agradeceu o apoio de lideranças do Partido dos Trabalhadores que defenderam no último final de semana a candidatura dele ao governo do Estado de São Paulo, mas condenou a pressa para que a definição de um nome do partido seja feita antes de fevereiro de 2010. "Lógico que agradeço a gentileza das pessoas, mas hoje sou candidato a deputado federal e também não acho que o PT esteja no momento de decidir candidatura porque essa discussão deve ocorrer a partir de fevereiro do próximo ano", disse o deputado. Palocci manteve a posição, mesmo sendo indagado se a definição para o início de 2010 não poderia prejudicar o PT em São Paulo, diante dos 16 anos de governo do PSDB e de as pesquisas mostrarem um dos pré-candidatos do partido, o ex-governador Geraldo Alckmin, disparado na liderança. "Não vai ser tarde, até porque o povo não toma decisão um ano e meio antes de eleições, (o povo) vai decidir no ano que vem", disse. "É muita ansiedade e temos de ter tranquilidade, mostrar as opções que temos para o povo de São Paulo. O deputado federal considerou "fotografias importantes" as pesquisas eleitorais que apontam o crescimento da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na corrida eleitoral à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, Palocci usou praticamente a mesma frase dita ontem pelo governador José Serra (PSDB), visto hoje como principal adversário de Dilma numa disputa em 2010, para não se aprofundar no comentário. "Ainda acho que tem muita água que rola embaixo da ponte e tem muito debate a se fazer", disse. O ex-ministro da Fazenda, que participou de um evento sobre biocombustíveis hoje em São Paulo, considerou que "as candidaturas colocadas são boas e o debate vai ser elevado" nas eleições de 2010. Palocci previu ainda que seja possível, pela primeira vez desde a redemocratização do País, uma campanha eleitoral sem que a macroeconomia seja o centro do debate. "Talvez, pela primeira vez em uma eleição do Brasil, possam ser discutidos grandes temas, como educação e estratégia de crescimento, e não apenas questões de macroeconomia, tema que, de certa forma, o Brasil superou", afirmou.