O ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia negou hoje (2) as acusações de ter sido o principal articulador de um susposto esquema de corrupção na Casa. Em audiência aberta, acompanhada por quatro senadores, Agaciel afirmou que nunca teve seus bens bloqueados. As acusações foram feitas pelo ex-diretor de Recursos Humanos do Senado, João Carlos Zoghbi.
Em entrevista revista Época, Zoghbi afirmou que Agaciel teria participação em todas as empresas terceirizadas com contratos no Senado. Eu não fui, não sou e não pretendo ser sócio [de empresas terceirizadas] enquanto for servidor do Senado. Ele não apresentou um outro filete de papel de prova, afirmou Agaciel.
Agaciel ainda minimizou as críticas de que há superfaturamento nos contratos de empresas terceirizadas no Senado. Relatório preliminar encomendado pela 1ª Secretaria da Casa apontou várias irregularidades nos contratos com as empresas, entre elas a de superfaturamento.
Zoghbi também teve que responder a questionamento dos senadores. Os dois ex-diretores não chegaram a ficar frente-a-frente. Zoghbi, que teve o pedido de indiciamento feito pela Polícia do Senado pela suspeita de ter cometido os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica e formação de quadrilha, declarou que não fez as acusações contra Agaciel. Afirmou, no entanto, que as informações repassadas ao repórter da Revista Época já haviam sido publicadas pela imprensa.
As denúncias foram feitas num momento de muita tensão. Fiz algumas considerações de algumas matérias já veiculadas na própria imprensa. Não tinha provas e não tenho provas, disse Zoghbi.