Jornal Correio Braziliense

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Base não indica nomes para direção da CPI e oposição promete obstruir votações

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Sem as indicações do PMDB e do PT para os cargos de direção da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, a reunião das 14h, que escolheria o presidente, acabou em confusão. O senador Paulo Duque (PMDB-RJ), que presidia a sessão por ser o parlamentar mais velho da comissão, suspendeu os trabalhos por falta de quórum para votação. Pelo regimento, os parlamentares escolhem o presidente, que indica o relator. Estavam presentes apenas os senadores da oposição, que reclamaram da iniciativa de Duque. O líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), afirmou que, a partir de agora, seu partido e o DEM entram em obstrução e não votam mais nenhuma matéria que está na pauta do plenário. Essa é uma briga do PT e do PMDB e não vamos entrar nisso, disse Virgílio. Desde o início da tarde, o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP) está trancado no gabinete da liderança do partido. Ele almoçou ali com a bancada, que reúne-se todas as terças. E, de acordo com os senadores Flávio Arns (PR) e Paulo Paim (RS), o assunto da escolha dos nomes não foi tratado nesse almoço. Já o líder do Democratas, José Agripino Maia, acusou o PMDB e o PT de darem um golpe na sessão que instalaria os trabalhos da comissão. Isso foi um golpe da base. Estamos todos [senadores da base e da oposição] na Casa e queremos a instalação da CPI. Vamos pedir, agora, em plenário, que a base do governo marque a hora para instalação dos trabalhos. Alguns senadores do PMDB estão reunidos no gabinete do líder do PTB, Gim Argello (DF), também tratando da composição dos cargos da CPI.