A Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SNDH) da Presidência da República reconhece a importância dos relatórios anuais que a Anistia Internacional realiza sobre violações dos direitos humanos no mundo, mas "o que não concordamos é com o tom dramático da avaliação feita sobre o Brasil, sem reconhecer os muitos avanços conseguidos até agora, tais como redução da mortalidade infantil de 35,2% para 24,3% nos últimos anos, período em que o analfabetismo também caiu de 14,7% para 10%", afirmou neste domingo (31/05) o secretário- adjunto Rogério Sottili.
Rogério também citou números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que apontam a ascensão social de 14 milhões de brasileiros favorecidos pela melhor distribuição de renda, quepassaram da pobreza absoluta para a classe média. Além disso, segundo ele, o Brasil conseguiu, no ano passado, superar metas de combate fome estipuladas para 2015 pelo Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Ele diz que houve avanços fantásticos na redução da fome, nas ações de educação e saúde, bem como no combate exploração de crianças e adolescentes, dentre outros, e o relatório da Anistia Internacional não cita nada disso. Rogério Sottili afirma ainda que o Brasil tem muitos e graves problemas,como o prisional discriminação racial, homofobia, desigualdades sociais dentre outros. A demanda é muito grande, mas caminhamos bem no encaminhamento das ações de combate violação dos direitos humanos.
O secretário-adjunto da SNDH reafirma a importância que o governo brasileiro dá ao relatório da Anistia Internacional, mas ressalta que o relatório peca por não apontar os avanços obtidos até agora. Ele acredita que seria mais positivo se o relatório passasse a percepção dos avanços, apontando caminhos a seguir, ao invés de citar apenas corrupção no serviço público, violência em áreas rurais e contra povos indígenas, além da disputa de milícias e traficantes nas cidades.