A Mesa Diretora do Senado decidiu confirmar nesta quinta-feira (28/5) o pagamento do auxílio-moradia a 42 senadores, que, desde 2002, recebiam irregularmente o benefício no valor de R$ 3,8 mil, por um erro administrativo da Casa. Um ato administrativo editado naquele ano extinguiu o pagamento do auxílio aos parlamentares.
O 3º secretário, Mão Santa (PMDB-PI), classificou a extinção do auxílio-moradia de um lapso da administração do Senado. Caso o pagamento a esses parlamentares não fosse ratificado pela Mesa Diretora, os senadores teriam que devolver aos cofres do Senado tudo que receberam desde 2002, referente ao auxílio-moradia.
Outro caso analisado pelos senadores da Mesa Diretora foi o recebimento do auxílio-moradia por três senadores que ocupam imóvel funcional: o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e os senadores Gilberto Goelner (DEM-MT) e João Pedro (PT-AM). Sarney informou que já determinou a devolução do dinheiro e pediu desculpas por ter informado, ontem (27), que nunca teria recebido auxílio-moradia.
A 2º vice-presidente, Serys Slhessarenko (PT-MT), disse que os três parlamentares devolverão os recursos aos cofres do Senado. Essa devolução deverá ocorrer em parcelas descontadas na folha de pagamento.
A Mesa também decidiu ouvir os ex-diretores do Senado, Agaciel Maia (Diretoria-Geral) e João Carlos Zobhbi (Recursos Humanos) sobre supostas participações em irregularidades administrativas praticadas durante suas gestões. Caberá ao primeiro vice-presidente, Marconi Perillo (PSDB-GO), ouvir os ex-diretores.
Outros representantes da Mesa Diretora poderão ser convidados, bem como líderes partidários. Perillo informou, entretanto, que não se trata de uma acareação entre os ex-diretores.