A oposição e a base aliada do governo tentam chegar a um acordo para votar as quatro medidas provisórias que aguardam votação em plenário e que perderão a validade caso não sejam apreciadas até segunda-feira (1ª). Entre elas, estão a MP 456, que corrigiu o valor do salário mínimo de R$ 415 para R$ 465 e a MP 455, que inclui alunos do ensino médio no programa federal de merenda escolar.
O líder do Democratas, José Agripino Maia (RN), propôs ao líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), que a pauta de votação seja invertida para que essas medidas provisórias possam ser aprovadas. A resposta, entretanto, só deve vir no meio da tarde, depois que Jucá avaliá-la numa reunião no Palácio do Planalto. A responsabilidade agora é do governo de votar o salário mínimo ou não, afirmou o líder do DEM.
O problema é que, caso a base aliada aceite a proposta da oposição, corre o risco de não aprovar outras duas medidas provisórias que estão na frente na pauta do plenário. Antes do salário mínimo e da merenda escolar, os senadores têm que apreciar a MP que cria o Fundo Soberano do Brasil e flexibiliza a legislação ambiental para construção e recuperação de estradas e a que autoriza a União a emprestar R$ 100 bilhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiamentos de projetos de longo prazo.