Advogado do DEM, Ricardo Penteado saiu ontem em defesa das doações consideradas ilegais pelo Ministério Público Estadual (MPE), que questiona a legalidade de R$ 9,2 milhões (31%) dos R$ 29,7 milhões gastos no ano passado pela coligação São Paulo no Rumo Certo, do prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM), e da vice, Alda Marco Antonio (PMDB). ;A iniciativa do promotor é solitária, escoteira e sem embasamento jurisprudencial.; Procurado, o prefeito informou que só a organização da campanha poderia responder sobre as doações.
Penteado voltou a afirmar que o TSE considerou legítima as doações feitas por sócias de concessionárias do serviço público à campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. ;Por que só as contas do prefeito estão sendo reabertas? Estamos muito tranquilos, com certeza (a representação) não vai resultar em condenação. Como disse, o promotor não tem fundamentos para reabrir contas que já foram aprovadas pelo próprio MP.
A reportagem tentou entrar em contato com as seis empresas citadas na representação. Até as 20h30, só as empresas CR Almeida, Banco Itaú e Camargo Corrêa enviaram notas. ;As doações realizadas foram devidamente informadas ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e estão de acordo com a legislação eleitoral em vigor no País;, informou a CR Almeida
;As doações da Camargo Corrêa também foram legais e devidamente declaradas à Justiça Eleitoral;, informou a empreiteira, que ressaltou não ser concessionária de serviço público em São Paulo. Já o Itaú destacou que a doação do banco às campanhas eleitorais ocorreu ;com total transparência e em sintonia com os princípios e valores da organização;. A instituição lembrou ter ganho a licitação de R$ 510 milhões, em 2005, para fazer a folha de pagamento da Prefeitura, mas diz que o valor do contrato já foi pago. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.