A cúpula do PSDB divulgou na noite desta sexta-feira um manifesto de apoio à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), que enfrenta instabilidade político-administrativa há 29 meses. No documento, os tucanos reiteram o "enorme respeito" que têm pela governadora e por sua trajetória política "construída com competência e respeito aos princípios éticos".
A tucana e integrantes de seu governo são suspeitos de desvio de dinheiro no Detran-RS, fraude em licitações e caixa dois na campanha eleitoral de 2006.
"Estamos seguros de que a governadora saberá responder a cada uma das acusações que são imputadas por seus opositores no Estado", diz o manifesto.
O documento é assinado pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), os governadores tucanos José Serra (São Paulo), Aécio Neves (Minas Gerais), José de Anchieta Júnior (Roraima) e Teotônio Vilela Filho (Alagoas), além dos líderes do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), e na Câmara, José Aníbal (SP).
Os tucanos lamentam o fato de que a "radicalização do quadro político" no Rio Grande do Sul tenha colocado em segundo plano a "importante obra administrativa" do governo Yeda, com o "equilíbrio das contas públicas e o resgate da credibilidade interna e externa do Estado".
O manifesto em "solidariedade" à Yeda difere da posição do presidente do PSDB no último dia 12. Na ocasião, Guerra disse que a direção do partido não podia se responsabilizar pela defesa das denúncias contra a governadora.
As denúncias contra Yeda podem motivar a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa. A bancada do PT conseguiu 16 das 19 assinaturas necessárias para instalar uma CPI para investigar o governo Yeda.