Em mais uma reunião para tentar acelerar a votação da reforma política na Câmara, os líderes partidários decidiram apresentar um requerimento de urgência à proposta. O presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), deve colocar em votação o documento na próxima semana.
A ideia é iniciar a votação da reforma política ainda em junho, especialmente os dois pontos mais polêmicos: o financiamento público de campanha e o voto em lista fechada, proposta que não encontra consenso, especialmente entre os partidos menores.
;Isso é um tiro na democracia, porque não é a população que vai escolher seus representantes;, disse o líder do PR, Sandro Mabel (GO).
Será criada também uma comissão especial para estudar as propostas sobre reforma política antes da votação em plenário.
Em meio às negociações, uma proposta polêmica foi defendida por Sandro Mabel: a de prorrogar os mandatos do presidente, de governadores e deputados por mais dois anos parar que as eleições de 2012 sejam unificadas, com escolha de uma só vez para todos os cargos eletivos.
A proposta, no entanto, não encontrou apoio dos outros parlamentares. O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que a proposta é inviável. ;Falar em prorrogação de mandato a essa altura é até um palavrão;, comentou.
O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), disse que se sente constrangido com a proposta e o vice-líder do governo, Ricardo Barros, afirmou que não há a possibilidade de a prorrogação de mandato ser aprovada no Congresso.