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Comando do PT descarta apoiar proposta de criação de CPI da Petrobras na Câmara

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A movimentação de deputados aliados ao governo para criar uma segunda CPI na Câmara para investigar a Petrobras não agrada o comando do PT. A bancada do partido na Câmara vai colocar em discussão nesta terça-feira a proposta de criação de uma CPI mista --formada por deputados e senadores. O deputado André Vargas (PT-PR), autor da proposta, chegou a falar em uma CPI exclusiva dos deputados para se opor àquela criada no Senado. Mas recuou depois de ouvir correligionários. Vargas afirma que uma investigação mista, envolvendo deputados e senadores, pode enfrentar menos resistência. No encontro, o líder do PT, Candido Vaccarezza (SP), vai defender que a proposta seja engavetada. "Não é porque o PSDB do Senado foi irresponsável, inconsequente, que vamos responder com irresponsabilidade. Essa CPI do Senado e qualquer outra CPI para investigar a Petrobras não são boas para o país. Essa é uma investigação que não faz o menor sentido", disse. Vargas que também se diz contrário à investigação da Petrobras no Senado afirmou que a ideia surgiu para dar equilíbrio à investigação e diminuir o tom eleitoral dos debates, tirando o Senado do foco. A avaliação de outros integrantes do PT, no entanto, é que uma nova CPI não ameniza a situação, tendo em vista que a base aliada vai ficar com a maioria das vagas na CPI do Senado. Formação da CPI Dos 11 postos de senadores titulares da comissão, oito serão preenchidas por parlamentares aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O DEM e o PSDB vão ficar com as três vagas restantes de titulares. Em uma CPI mista, a base teria 11 postos e a oposição, sete. Para a CPI mista funcionar, no entanto, ela precisaria contar com o aval do PSDB do Senado, que teria que abrir mão da comissão de inquérito que já foi criada no Senado. Em meio à polêmica e bate-boca, o Senado instalou na semana passada uma CPI para apurar supostas irregularidades constatadas na empresa em operações da Polícia Federal, ações de sonegação fiscal, além de irregularidades no repasse de royalties a prefeituras.