Jornal Correio Braziliense

Politica

Ministro diz que demissões na Infraero foram decisões administrativas e não perseguição política

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O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse hoje (11) que as recentes demissões de indicados políticos na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) acarretaram problemas com parlamentares da base aliada. Porém, segundo o ministro, as dispensas foram decisões administrativas e não houve perseguição política. O problema da Infraero foi a semana passada toda, a outra semana toda. Como não houve preocupação de prejudicar A, B ou C, foi uma coisa feita de caráter geral, disse Múcio, após reunião da equipe de coordenação política com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As demissões incomodaram o PMDB, maior partido da base governista no Legislativo. Lideranças da legenda foram, inclusive, conversar com o presidente Lula. Um dos líderes que teve indicados demitidos foi o senador Romero Jucá (RR), líder do governo na Casa - cuja irmã e cunhada foram demitidas pela empresa em abril, quando outras 28 pessoas foram exoneradas. Múcio não teme uma retaliação da base por causa das dispensas dos cargos comissionados. Os parlamentares sabem distinguir as questões pessoais, interesses políticos locais, da questão nacional. Todos têm responsabilidade com isso. Mais cedo, após reunião com Lula, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que manterá o processo de profissionalização da Infraero com demissão dos indicados políticos para serem substituídos por funcionários de carreira. Segundo ele, Lula aprova a medida. Jobim acrescentou que as demissões já feitas não serão revertidas e não haverá reaproveitamento dos demitidos.