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Pré-candidato, Patrus admite racha na base de Lula em Minas Gerais

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Com sua pré-candidatura ao governo mineiro já anunciada e o discurso de que o PT precisa se unir, o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) não descarta uma disputa entre partidos da base aliada do governo Luiz Inácio Lula da Silva no Estado. Isto porque o ministro Hélio Costa (Comunicação), que é do PMDB, também já anunciou sua pré-candidatura e deu a entender que, se o PT quiser unir o PMDB em torno da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência, terá que fazer concessões. Patrus, no entanto, afirma que o debate sobre quem será o candidato "faz parte do processo" e de que já está em conversa com o seu colega ministro. "Não é questão de retirar nome, nós estamos conversando, é um processo. O ministro Hélio Costa também indica que está aberto ao diálogo e nós estamos conversando", afirmou Patrus, que nesta quarta-feira participou de debate sobre crise econômica em São Paulo. Ele diz que uma disputa PT-PMDB em Minas será o "limite" de onde a discussão poderá chegar e que trabalha com a perspectiva de unir a base governista em um único palanque tanto na chapa nacional, quanto em uma chapa em Minas. "Temos que pensar em termos positivos, não penso em racha, o limite que pode ocorrer é uma disputa democrática legítima", diz. A boa avaliação do atual governador Aécio Neves (PSDB) e seu bom trânsito no Planalto, segundo Patrus, também não representa obstáculo para sua candidatura. "O Aécio não será candidato. E se ele lançar algum candidato, será uma disputa democrática", disse. Assistencialismo O ministro, que é responsável por levar adiante o programa Bolsa Família --uma das apostas de Lula para fazer sua sucessora--, aproveitou o debate sobre políticas sociais para rebater críticas de que o governo atua de forma assistencialista. "Os programas sociais no Brasil hoje estão referenciados em políticas públicas que, por sua vez, fundam-se em normas jurídicas. Então nós estamos colocando hoje as políticas sociais no campo dos direitos e dos deveres, as pessoas entram e saem dos programas com critérios objetivos", afirmou Patrus.