Em entrevista exclusiva ao Jornal da Amazônia, da Rádio Nacional da Amazônia, Jackson Lago disse estar triste com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral em manter a cassação de seu mandato. Roseana Sarney, que ficou em segundo lugar na disputa pelo cargo em 2006, assumiu o governo do Maranhão no início da tarde de hoje (17). A posse ocorreu na Assembléia Legislativa do estado.
Após se reunir com lideranças políticas e organizações populares Lago decidiu que vai resistir a deixar o Palácio dos Leões, sede do governo do estado, no que ele chamou de uma manifestação do inconformismo contra essa violência que se cometeu contra a maioria do eleitorado do Maranhão.
Ele disse também que não tem armas, mas tem a força das suas convicções e a consciência do dever de respeitar a vontade da população do estado. Lago afirmou que vai permanecer no palácio até que o Supremo Tribunal Federal julgue os eventuais recursos, ou então até que a Assembléia Legislativa cumpra a Constituição, que diz que quando há vacância no governo na segunda metade da administração, ela deve eleger uma mulher ou um homem para completar o mandato.
Segundo a assessoria do Tribunal Superior Eleitoral, não cabe mais recurso no TSE. Mas se a defesa considerar que a decisão desrespeitou alguma questão constitucional, ela poderá recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Para isso, o pedido precisa ser avaliado pelo presidente do TSE, que pode permitir ou não a subida dos autos, ou seja, que o processo vá para o Supremo.
Atualmente, outros quatro governadores da Amazônia enfrentam processo de cassação no Tribunal Superior Eleitoral: Ivo Cassol (Rondônia), Marcelo Miranda (Tocantins), José de Anchieta Junior (Roraima) e Waldez Góes (Amapá). De acordo com a assessoria de comunicação do TSE, os julgamentos ainda não têm data prevista.
Como Roseana deixa o Senado para assumir o governo do Maranhão, quem deverá ocupar a sua vaga no Congresso Nacional é o seu suplente, Mauro Fecury.