O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse hoje que não há previsão de devolução de saldo de passagens aéreas por parlamentares e, por isso, não são ilegais as viagens que foram feitas por ele, por seus familiares e servidores de seu gabinete com a verba da Câmara. O ministro afirmou que não vai devolver o dinheiro gasto com as passagens. Segundo ele, que as novas instruções que serão baixadas pela Câmara dos Deputados vão permitir a continuidade dessa prática, o que indica que ele não cometeu um erro. "Não vejo razões nem legais nem éticas, porque isso está sendo permitido nas novas instruções que estão sendo baixadas", disse.
Stephanes disse que usou o saldo de sua cota depois que deixou a Câmara para ocupar o ministério da Agricultura para o deslocamento de familiares ou servidores do gabinete para atividades parlamentares, o que é permitido pela Câmara. O ministro disse que não tem mais saldo de passagem e finalizou: "Confesso que não imaginava que isso fosse dar problema. É tão pouco. Eu jamais teria praticado algo que pudesse ofender a sociedade", afirmou.
Parlamentares que se licenciaram do mandato para assumir o cargo de ministro teriam continuado a usar cotas de passagens aéreas fornecidas pela Câmara, segundo o site "Congresso em Foco". Além de Stephanes, também teria feito uso dessas verbas para passagens os ministros José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e Geddel Vieira Lima (Integração Nacional).