O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pretende apresentar aos líderes partidários nesta terça-feira uma proposta de redução da cota de passagens aéreas usadas pelos parlamentares.
A ideia de Sarney é reduzir das atuais 5 para 3 passagens de ida e volta disponibilizadas por mês a cada senador. Como essa cota é feita em cima de uma tarifa "cheia" (a mais cara), mesmo com a diminuição, daria para o parlamentar viajar nas quatro semanas de um mesmo mês, já que estudos internos mostraram sobra de crédito por parte dos senadores.
A proposta do presidente do Senado acabaria ainda com cota aérea para integrantes da Mesa Diretora e líderes partidários. E mais: apenas o senador ou alguém oficialmente ligado ao mandato dele poderia usufruir do benefício. Com isso, seriam extintas brechas para eleitores, amigos e parentes viajarem às custas da Casa.
A medida tem como objetivo conter a crise interna depois de denúncias de irregularidade no uso das passagens. Nos últimos dois anos, o Senado gastou R$ 40 milhões com isso.
Hoje, as cinco passagens destinadas aos senadores representam um custo de R$ 13 mil a R$ 25 mil mensais, dependendo do estado que ele representa. A estimativa do impacto financeiro da mudança, por enquanto, não foi revelada.