A superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal abriu investigação contra uma empresa de mão de obra terceirizada que prestava serviços para a corporação. Em nota divulgada ontem, a PF em Brasília confirmou a a existência de irregularidades em um atestado de capacidade técnica apresentado por uma firma no processo de licitação. As suspeitas já haviam sido confirmadas pela PF no Rio Grande do Sul, que na terça-feira realizou a Operação Freio de Ouro, responsável pela desarticulação de um esquema de fraudes em concorrências.
;A superintendência do Distrito Federal detectou esta ocorrência e a mesma já é objeto de investigação há mais de 30 dias;, informou a PF, em nota. O comunicado explica que ocorriam atrasos da empresa no pagamento e recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e benefícios previdenciários de funcionários. A PF determinou à prestadora de serviços quitar os débitos trabalhistas e tomou medidas administrativas, como encerrar o contrato e aplicar multa contratual. ;Após as medidas adotadas, a empresa cumpriu com as obrigações trabalhistas, tributárias e sociais, estando pendente apenas um mês;, informou a PF.
A Polícia Federal do Distrito Federal está em contato com a delegada Aletea Vega Marona Kunde, que chefiou a investigação no Rio Grande do Sul, e que detectou fraudes de um grupo de empresas em pelo menos outros 12 estados. Segundo a delegada, vários órgãos públicos têm procurado a PF no Rio Grande do Sul para fazer novas denúncias. Aletea suspeita que os empresários desviavam os recursos pagos pelo governo, que deveriam ser repassados aos servidores terceirizados, para a compra de cavalos de raça.