O ministro das Cidades, Marcio Fortes, rebateu hoje (27) as críticas de alguns setores da sociedade de que as casas do do plano habitacional do governo, anunciado na ultima quarta-feira (25), seriam construídas em locais de pouca infra-estrutura. Fortes disse que o plano prevê R$ 5 bilhões para a construção de links (ligações) entre a infra-estrutura das cidades e os novos conjuntos habitacionais.
;Meu lar tem de ter toda a infra-estrutura. Tem de ter água, esgoto, luz, posto de saúde próximo, escola, a infra-estrutura de pavimentação, todo o link tem de ser feito. Não é só dentro do conjunto que vai haver essa infra-estrutura. O link com a infra-estrutura das cidades também vai ser possibilitado;, disse em visita a uma feira de construção, em São Paulo.
Ontem (26), em nota, o presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, Marcos Túlio de Melo, levantou dúvidas sobre o projeto do governo. ;Casa popular não pode ser sinônimo de desrespeito ao cidadão, nem um local onde as famílias se amontoam. É preciso dar qualidade de vida à população e isso vai além de casas, alcança o transporte público, a rede de saúde, o acesso ao comércio direto como padarias e farmácias. Quanto mais distantes da infra-estrutura de centros urbanos, mais longe de uma qualidade de vida melhor;.
Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a magnitude do pacote que gera questionamentos sobre a realização do projeto. ;As pessoas tremem quando a gente apresenta uma proposta dessa magnitude. As pessoas tremem porque é um desafio, porque nunca foi dado aos empresários brasileiros, seja os construtores de material para construção seja os construtores de casa, nunca foi dada a oportunidade enfrentarmos juntos um desafio como esse;, afirmou.