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Protógenes diz que vai detalhar na CPI envolvimento de acusados na Satiagraha

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O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que comandou a primeira etapa da Operação Satiagraha, afirmou nesta quarta-feira que vai detalhar o envolvimento de todas as pessoas ligadas ao esquema de irregularidades. Segundo o policial, ele vai "individualizar condutas e dizer o papel de cada pessoa" investigada. Protógenes disse ainda que há uma espécie de orquestração de denúncias contra ele para desmoralizar o resultado das investigações. O delegado pretende fazer suas revelações durante o depoimento que prestará à CPI das Escutas Telefônicas, no dia 1° de abril. Protógenes esteve hoje no Senado para uma reunião com senadores e deputados. "Há a notícia de que os membros da CPI portam alguns documentos, fragmentos da Operação Satiagraha, se porventura forem a mim apresentados, vou apresentar nomes, individualizar condutas, dizer o papel de cada pessoa que tem relacionamento com o esquema criminoso montado pelo banqueiro Daniel Dantas", disse o delegado. Ao ser questionado se pretende apresentar mais nomes relacionados às investigações da Satiagraha, ele foi incisivo: "Com certeza". A convocação de Protógenes pela CPI foi motivada pela reportagem da revista "Veja" que revelou que ele usou métodos ilegais para investigar diversas autoridades dos três Poderes. Orquestração Na conversa com os parlamentares, Protógenes indicou que as acusações que levantam dúvidas sobre a legalidade dos métodos utilizados durante as investigações da Satiagraha ocorrem de forma orquestrada para levar à desmoralização dos resultados obtidos pela operação policial. "Internamente, alguns pontos que estão obscuros vão ter de ser esclarecidos no futuro. As situações que me envolvem não são coincidências, foram atos devidamente planejados e com um propósito", disse. O delegado disse que a verdade virá à tona. "E, como sempre digo, quem produz prova para bandido, bandido é. No futuro todas essas situações vão ser dirimidas e o Brasil vai ter a nítida noção do que ocorreu com o banqueiro investigado e condenado Daniel Dantas." Porém, Protógenes reafirmou que confia nas instituições do país. "Confio no Poder Judiciário brasileiro, no Ministério Público e na Polícia Federal."