Jornal Correio Braziliense

Politica

Pedro do Ovo fica livre de dar explicações

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Na tentativa de escapar da punição prevista para os infratores de trânsito, o suplente de deputado Pedro do Ovo (PMN) se apresentou como titular do mandato. No último domingo (8/03), ele foi pego dirigindo alcoolizado e sem os documentos do carro, segundo os policiais que fizeram a abordagem. A sorte dele, no entanto, é que a carteirada não passou de um blefe porque se ele estivesse mesmo no cargo, provavelmente teria de dar explicações formais aos colegas da Câmara Legislativa, que se mostraram insatisfeitos com a postura do colega, mas aliviados por não terem nenhuma obrigação formal de cobrar decoro do colega desligado do mandato desde o ano passado. Em 2008, Pedro do Ovo substituiu o titular da vaga na Câmara Aylton Gomes (PMN), que se licenciou do mandato para administrar Planaltina. No fim do ano passado, o distrital voltou para o posto, mas deve retornar ao Executivo em breve. Como o flagra da polícia ocorreu no intervalo, Pedro do Ovo não deverá sofrer nenhuma punição, a não ser as penalidades previstas no Código de Trânsito. O carro conduzido pelo político, um Golf Preto, foi guinchado e ele ainda poderá pagar multa de R$ 957, prevista para quem é pego dirigindo embriagado. Além disso, Pedro do Ovo corre o risco de ter a habilitação suspensa por um ano. O titular da vaga ocupada esporadicamente por Pedro do Ovo, o distrital Aylton Gomes (PMN) disse que apesar do ocorrido não terá constrangimento em liberar o mandato para o suplente quando acertar o retorno para o GDF. ;Chata demais essa situação, mas não será um divisor de águas. Se tivesse tudo acertado para eu voltar amanhã, voltaria sem nenhum problema;, avisa. Amigo declarado do distrital Pedro do Ovo, o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, Bispo Renato (PR), diz que o colega de suplência ; bispo Renato também é substituto ; como homem público deveria ter se comportado melhor: ;Como ele representa a sociedade, tem que dar o exemplo;. Mas como o escorregão ocorreu no intervalo da representação%u2026 ;Aí não cabe punição, porque a lei é bem clara, só é retroativa se for para beneficiar;, explica o deputado.