A legislação que garante às mulheres participação de 30% nas listas de candidatos dos partidos políticos é conhecida por apenas 24% dos brasileiros. Foi o que apontou uma pesquisa realizada com apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres pelo Instituto Ibope/ Instituto Patrícia Galvão/ Cultura Data. Mas quando apresentados ao conteúdo dessa política, 75% dos entrevistados diz-se favorável às cotas. E 86% apóiam a punição aos partidos políticos que descumprirem a legislação.
De acordo com a secretaria, o Brasil conta hoje com apenas 8,9% de mulheres no Congresso Nacional, cerca de 12% nas assembléias legislativas e 12% nas câmaras municipais. Segundo a União Interparlamentar (UIP), organização internacional com sede em Genebra (Suíça), o Brasil ocupa a 141° posição em um ranking que avalia a presença das mulheres nos parlamentos em 188 países. No contexto da América Latina, o Brasil só fica à frente da Colômbia.
Para 83% dos entrevistados, a presença de mulheres no poder ;melhora a política nesses espaços;. Na opinião de 74% deles, elas trariam mais honestidade e mais compromisso com os eleitores. A pesquisa revelou ainda que 8 em cada 10 brasileiros são favoráveis a medidas legislativas que promovam igualdade política de gênero.
Mais de 90% afirmou que votaria em uma mulher. Neste grupo, cerca de 60% daria o voto a uma candidata independente do cargo em disputa. Entre os que selecionaram cargos, 26% votariam em uma mulher para prefeita e apenas 14% para presidente e governadora.