Brasília - Nove dos 11 parlamentares que presidirão comissões permanentes e são investigados negaram as acusações pelas quais respondem a inquéritos ou ações penais.
O deputado Silas Câmara (PSC-AM) disse que é inocente no inquérito a que responde por supostamente ter se apropriado de parte dos salários de funcionários.
A reportagem não conseguiu contato com o deputado após apurar que ele é acusado por falsificação de documento.
Investigado por crime contra a ordem tributária, Roberto Rocha (PSDB-MA), da Comissão de Meio Ambiente, disse que as acusações contra ele partiram de adversários.
O presidente da Comissão de Trabalho, Sabino Castelo Branco (PTB-AM), afirmou que o pedido abertura de inquérito contra ele por crime contra a ordem tributária refere-se a problemas que teve com a declaração de Importo de Renda.
Eduardo Sciarra (DEM-PR) disse que o inquérito em que é investigado por suspeita de compra de votos é resultado do desmembramento de processo já julgado e arquivado em instâncias inferiores. Elcione Barbalho (PMDB-PA), alvo de pedido de inquérito por suposta compra ilegal de terras, afirmou desconhecer as acusações.
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), investigado por suposto envolvimento no mensalão mineiro, disse ser incorreto usar o termo. "Nunca houve mensalão em Minas, mas sim prestação de contas eleitorais incompletas", afirmou.
O senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), investigado no STF por suspeita de irregularidades na aplicação de recursos da União, disse ser inocente. Rosalba Ciarlini (DEM-RN) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA), também investigados no STF, negam as irregularidades.
Procurado, o senador Fernando Collor (PTB-AL), que responde a processos por crime contra a ordem tributária, corrupção, peculato e tráfico de influência, disse que não iria se manifestar. O deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO) não retornou as ligações.