Presidente do diretório paulista do PMDB, o ex-governador Orestes Quércia afirma não ser o momento de o partido iniciar uma disputa pela presidência nacional da legenda. Na opinião de Quércia, o cargo deve "[permanecer]":http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u509755.shtml com o atual presidente, deputado Michel Temer (PMDB-SP), mesmo após ele ter sido eleito para a presidência da Câmara dos Deputados.
"Eu acho que não é motivo para ele sair da presidência do partido. Acho que iria suscitar uma disputa e não é o momento. O Ulysses [Guimarães, ex-deputado morto em 1992] também foi presidente do partido e presidente da Câmara", afirmou Quércia em entrevista à *Folha Online*.
Licenciado da presidência do partido, Temer deve transmitir a presidência da legenda por tempo indeterminado para a deputada Ãris Araújo (PMDB-GO) --primeira-vice-presidente do partido e mulher do prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB). Mesmo afastado, Temer preservará o comando da legenda, mas não terá de responder por questões burocráticas. O objetivo é que ele retome a legenda sempre que necessário --quando houver impasses envolvendo nomeações e indicações ou crÃticas, como ocorreu recentemente com a entrevista do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). O ex-governador de São Paulo, que pretende se candidatar a senador nas próximas eleições, também não se opõe a reeleição de Temer quando vencer o atual mandato do presidente da sigla, em março de 2010. "Não tenho nada contra, mas é uma questão que vamos avaliar naquela altura. Não vejo nenhum problema", afirma.
Defensor da candidatura do governador José Serra à Presidência da República, Quércia afirma não ver relação na manutenção de Temer com o apoio do partido ao tucano. "Vamos trabalhar para que isso ocorra", afirma o ex-governador de São Paulo.