O feriado de Carnaval vai ser mais longo este ano para os deputados e senadores, que só retomam suas atividades no Congresso Nacional na semana que vem. Como as sessões deliberativas (com votações) foram marcadas somente para a próxima terça-feira (03/03), os parlamentares que se ausentarem das suas atividades no final desta semana não vão ter os salários reduzidos.
Tradicionalmente, há votações no Congresso entre as terças e quintas-feiras. Com o feriado de Carnaval, porém, os presidentes da Câmara e do Senado decidiram não exigir o retorno dos parlamentares nesta semana -- o que na prática permite que fiquem em seus Estados de origem junto às suas bases eleitorais até a próxima terça-feira.
Assim como no Legislativo, o Poder Judiciário também resolveu aderir ao "feriadão" decretado pelos deputados e senadores. O STF (Supremo Tribunal Federal) marcou sessões plenárias somente na semana que vem, mas vai retomar as atividades internas nesta quarta-feira de cinzas, a partir das 14h --a exemplo do que ocorre no Congresso.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) também suspendeu suas atividades plenárias esta semana em consequência do Carnaval. Os julgamentos no plenário serão retomados na próxima terça-feira (3), quando o tribunal deve analisar o pedido de cassação do mandato do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT).
Esvaziamento
Como já é tradição, Brasília promete ficar esvaziada até o final desta semana em consequência do Carnaval. Os políticos aproveitam o período para retomar os contatos com suas bases eleitorais nos Estados, especialmente nos festejos carnavalescos.
Durante os dias de folia, os políticos foram lembrados na capital federal somente pelo tradicional bloco de rua "Pacotão" --que este ano fez sátiras à ministra Dilma Rousseff.
Apontada como candidata do Palácio do Planalto à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra embalou a música-tema do bloco, intitulada de "Perereca do Bigode" --uma menção à recente plástica facial realizada pela ministra.
"Estão maquiando a Dilma, pra enganar o povão. O Lula gritou eureca. Quem comeu sapo, engole perereca", diz um trecho da marchinha. Além de menções à ministra, o bloco também satirizou a crise econômica internacional e a guerra na Palestina durante os desfiles realizados no domingo e na terça-feira de Carnaval.