Acompanhando iniciativa da Câmara dos deputados, de divulgar na internet as notas fiscais para comprovar gastos de parlamentares com a verba indenizatória, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), quer reunir a Mesa Diretora logo após o carnaval para adotar a mesma providência na Casa.
Minha posição é de que não tenhamos nada a esconder, afirmou Sarney. Ele também disse que pretende fazer uma redução drástica na estrutura administrativa do Senado, que conta com 36 secretarias.
Hoje (17), Sarney assinou ato proibindo que as 39 instituições financeiras, que operam com empréstimos consignados para os 6 800 funcionários do Senado, cobrem uma taxa de juros ao mês superior a 1,6%.
De acordo com o presidente do Senado, levantamento realizado mostra que as taxas são variáveis e chegam a 4,5%. Os dados da administração do Senado mostram que 4.150 servidores pagam empréstimos consignados a estas financeiras.
Sarney ressaltou que os contratos já em andamento não serão alterados. No entanto, lembrou que, permanentemente, eles estão sendo renegociados.
Ele ressaltou que a medida pode abrir precedente para a redução de taxas de juros cobradas por financeiras que operam com empréstimos a funcionários de órgãos do Executivo.
Quando tomou posse na presidência da Casa, o parlamentar assumiu o compromisso público de cortar 10% dos gastos de custeio e investimentos R$ 51 milhões - previstos para 2009. Neste sentido, ele apresentou alguns dos resultados já obtidos nos primeiros 15 dias de trabalho da nova Mesa Diretora.
Para chegar a este montante, Sarney já adotou algumas medidas: eliminação de passagens e diárias para cursos de servidores (economia de R$ 1,5 milhão); eliminação de impressos que não sejam de atividade do parlamentar e da Casa (economia de R$ 4,5 milhões); eliminação de novas obras (economia de R$ 6 milhões); redução de despesas com telefone (economia de R$ 1,2 milhão); redução de aquisições e demais contratações de serviços (economia de R$ 37,8 milhões).