Acusado de utilizar eleitoralmente o evento com os prefeitos em Brasília, o governo federal designou um técnico para responder politicamente as denúncias da oposição. O subchefe-adjunto da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Olavo Noleto, chamou nesta sexta-feira de "ridícula" a interpretação da oposição de que houve objetivos eleitoreiros, mas admitiu ser "legítimo" o questionamento.
"É legítimo que o mundo político repercuta isso. O mundo político pode reagir e questionar", disse Noleto. "Mas não fizemos 38 mesas [de discussões e exposições] para virar briga entre oposição e governo", afirmou. "Dizer que isso é eleitoral chega a ser ridículo." A Presidência da República designou Noleto para fazer o balanço do encontro nacional de prefeitos e prefeitas um dias depois de o DEM anunciar que ingressará com ações, questionando o evento, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e TCU (Tribunal de Contas da União).
Pelos dados de Noleto, 15.100 pessoas participaram do evento, dos quais 5.300 eram prefeitos e prefeitas. Inicialmente, ele disse que a expectativa era reunir, no máximo, 10.000 pessoas.
Despesas Ao contrário do divulgado pelo ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais), o governo federal gastou R$ 182.999,00 na realização do evento e não R$ 253 mil --como foi informado inicialmente. Segundo Noleto, o novo valor se refere ao que foi licitado.
O técnico disse que os recursos foram gastos na infra-estrutura do evento, como compra de alimentos, água e material de banheiro, além da construção dos 26 stands e mais artigos informativos para os prefeitos e prefeitas.
Noleto afirmou que o objetivo do encontro era orientar administrativamente as relações institucionais entre União e municípios. "Temos de garantir a política do Estado", disse ele.
Segundo o técnico, o governo federal atuou por cerca de um ano e meio para realizar o encontro em Brasília. Noleto afirmou que não há ainda definição se outro evento como este será realizado no próximo ano.