Caiu em 30% o número de grampos telefônicos no País, informou ontem o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Dados atualizados sobre as interceptações foram comunicados pelas operadoras de telefonia ao ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ. A queda do número de escutas foi identificada a partir de outubro, segundo contagem feita pelas companhias.
Para Mendes, a redução do volume de grampos indica que as autoridades diretamente envolvidas com esse tipo de demanda - delegados de polícia, promotores, procuradores e magistrados - estão agindo com mais cautela e atenção. O mapeamento do CNJ revela que o enxugamento nas interceptações ocorreu simultaneamente nas duas etapas que cercam o procedimento - caiu o número de pedidos da Polícia Federal e das polícias nos Estados e caiu o quadro de autorizações judiciais.