Depois de duas horas e meia reunidos em sessão secreta, 20 dos 24 desembargadores do Tribunal de Justiça do Espírito Santo decidiram, por unanimidade entre os presentes, afastar da presidência da instituição o desembargador Frederico Guilherme Pimentel, preso na última terça-feira com outros dois desembargadores sob a acusação de negociar sentenças. Eles foram alvo da Operação Naufrágio, da Polícia Federal.
Na sessão plenária desta quinta-feira (11/12), os desembargadores também anunciaram o afastamento do juiz Frederico Luiz Scheider Pimentel, filho do presidente afastado, que também foi preso, e a abertura de processo administrativo disciplinar para apurar sua responsabilidade nos fatos denunciados pela PF.
Outra afastada pelos desembargadores foi a cunhada do juiz, Bárbara Pignaton Sarcinelli, que respondia pela diretoria de distribuição de processos e também será submetida a processo disciplinar. Só não participaram da sessão os três desembargadores presos e o corregedor do Tribunal, Romulo Taddei que está de férias e não retornou a Vitória para a sessão de hoje, apesar da repercussão do caso.
Os 20 desembargadores vão pedir à ministra do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Laurita Vaz, relatora do inquérito que investiga a cúpula da Justiça capixaba, que se posicione pelo afastamento ou não dos três desembargadores presos de suas funções na magistratura