O plenário da Câmara concluiu nesta terça-feira (04/11) a votação do projeto que cria o Fundo Soberano do Brasil (FSB). O projeto já tinha sido aprovado semana passada pela Casa, mas os deputados ainda tinham que examinar alguns destaques que foram apresentados ao texto. A proposta que cria o Fundo Soberano, espécie de poupança que o governo pretende fazer para financiar investimentos de empresas no Brasil e no exterior, será agora será examinada pelo Senado.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), vai reunir os líderes para tentar acertar a pauta de votações para sessões de hoje e de amanhã. Um acordo anterior entre líderes do governo e da oposição havia definido que após a votação do FSB seriam votados quatro projetos prioritários para o governo. No entanto, a oposição informou que não concorda em votar os projetos que aumentam os gastos públicos. Essas propostas criam cargos e reajustam salários de funcionários públicos.
"Se quiserem votar estes projetos, vamos obstruir sistematicamente", disse o líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP). Ele argumentou que em momento de crise financeira internacional o governo deveria enxugar gastos no lugar de aumentá-los. "Vamos para a obstrução para não votar projetos que aumentam gastos", disse o líder do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). Os partidos de oposição citam pedido do ministro da Fazenda, Guido Mantega, semana passada, quando esteve no Senado, para que os parlamentares que não aprovem matérias que criem gastos ao governo.