A maioria dos cinco senadores do PMDB chamados de independentes, que não seguem sempre as orientações da cúpula partidária, tende a apoiar a candidatura à Presidência do Senado do petista Tião Vianna (AC). Dono da maior bancada da Casa, com 20 dos 81 senadores, o apoio desse grupo de parlamentares pode ser decisivo na eleição prevista para fevereiro do próximo ano. Tião aposta nas defecções do PMDB e de outras legendas da base e da oposição para vencer a disputa.
Entretanto, o xadrez dentro dos independentes tende levemente para Tião. Dois senadores, Jarbas Vasconcelos (PE) e Gerson Camata (ES), apóiam a já lançada candidatura do petista. Outros dois, Mão Santa (PI) e Geraldo Mesquita Junior (AC), defendem a tese da candidatura própria do partido, respeitando a tradição de que a maior bancada indica o futuro presidente da Casa. Eles tenderiam a apoiar o ex-presidente e senador José Sarney (AP) para o cargo. Já o senador gaúcho Pedro Simon, conhecido infiel peemedebista, é simpático a Tião, atual vice-presidente da Casa.
;Vou votar no Tião pelo desempenho que ele teve no episódio do Renan Calheiros;, afirmou Jarbas Vasconcelos, referindo-se ao comportamento que o senador petista teve no ano passado, durante as denúncias de corrupção que apearam o correligionário alagoano da Presidência do Senado. Entretanto, Renan e seus aliados no Senado não perdoam Tião por acreditarem que ele forçou a barra para tirá-lo da cadeira mais importante do Congresso. ;O Tião corre o risco de pagar o preço de ser decente;, sustenta Jarbas.
O voto do senador pernambucano deve ser seguido pelo colega capixaba, único não localizado pela reportagem ontem. Camata, entretanto, disse em conversas ao longo da semana que apoiaria Tião.
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