Em meio às especulações de que o PMDB quer acumular as presidências da Câmara e do Senado, o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou hoje que a votação para escolher os novos comandantes do Congresso é secreta e que "ninguém consegue fazer qualquer tipo de enquadramento" no Parlamento. Chinaglia observou ainda que o acordo firmado, que permitiu sua eleição para a presidência da Câmara, com o PMDB envolve as duas Casas. "Creio que qualquer vaticínio do que vai ocorrer é prematuro."
"Em nenhum momento, o acordo esteve para ser rompido. Quando nós redigimos um texto equilibrado, que permite uma negociação envolvendo Câmara, envolvendo Senado, envolvendo enfim um diálogo partidário que passa por estes e outros caminhos", disse Chinaglia. O ex-ministro José Dirceu reclamou hoje em seu blog da pretensão do PMDB acumular as presidências da Câmara e do Senado, a partir de fevereiro de 2009.
O PT lançou a candidatura do senador Tião Viana (AC) para suceder o presidente Garibaldi Alves (PMDB-RN). Mas o PMDB, maior partido no Senado, avisou que tem pretensões de manter-se no comando da Casa. Na Câmara, o PMDB quer eleger para a presidência o deputado Michel Temer (SP).