Depois de se transformar no favorito para vencer as eleições municipais em São Paulo - ao terminar o primeiro turno à frente da rival Marta Suplicy (PT)--, o prefeito da cidade e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), começou nesta quarta-feira sua versão "paz e amor". Em entrevista para anunciar o apoio do PSDB à sua candidatura nesta nova fase da campanha, o prefeito não poupou elogios ao tucano Geraldo Alckmin e até ao PT.
Desde que passou Alckmin nas pesquisas de intenções de voto ainda no primeiro turno, Kassab passou a diminuir os ataques contra seus adversários, adotando uma postura mais diplomática.
Seu favoritismo no segundo turno, no entanto, fez do candidato a versão paulistana do então candidato à Presidência da República em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva, que adotou uma versão "paz e amor", evitando atacar seus adversários.
Ao lado do presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, Kassab não poupou elogios a Alckmin, que durante o primeiro turno classificou o democrata como um candidato dissimulado que tentava cooptar vereadores tucanos.
"Geraldo Alckmin tem uma folha de serviços relevantes prestada à cidade, ao Estado e ao país. Um homem público de primeira grandeza, admirado por todos nós", disse. " Se ele fosse para o segundo turno esse gesto que acontece aqui hoje [de apoio do PSDB ao DEM] estaria acontecendo com o DEM dando apoio ao ex-governador." Segundo o próprio candidato, ele ligou para Alckmin afim de cumprimentá-lo. "Liguei para ele ontem o cumprimentando pela campanha", disse. Sobre as críticas do ex-governador durante a campanha, Kassab minimizou. "As colocações tem de ser examinadas sobre outra ótica. O importante é que o PSDB, junto com seu candidato, examinou as duas candidaturas e entendeu que o melhor para para são Paulo é a candidatura do Gilberto Kassab." *PT.
Questionado se a adesão do PSDB e do PTB à sua candidatura significa "todos contra o PT", Kassab preferiu responder ensaiando elogios ao partido de Marta. "Eu não diria "todos contra o PT´. O PT é um partido que tem seus compromissos com o país, a sua história. Nós não somos contra ninguém. Somos a favor de São Paulo", concluiu.