Mesmo com sua candidata à prefeitura do Rio de Janeiro, Solange Amaral (DEM), tendo encerrado o primeiro turno em sexto lugar, com apenas 3,92% dos votos, o prefeito Cesar Maia (DEM) rejeita a avaliação de que foi derrotado e sustenta que os dois concorrentes ao segundo turno da disputa devem parte de suas votações à sua administração. Ele declarou que a candidata da coligação "Experiência e Sensibilidade para Mudar o Rio" (DEM-PTC-PMN) foi vítima do cansaço do eleitorado. "Foi o natural e conhecido desgaste de material de um ciclo longo", disse. "Se (Margareth) Thatcher e (Tony) Blair (primeiros-ministros do Reino Unido) passaram por isso, imagine um prefeito de cidade latino-americana.
Em tom otimista, ele lembra que Eduardo Paes - "Unidos pelo Rio" (PMDB-PP-PSL-PTB) - foi seu secretário e diz que cruzamentos de pesquisa mostraram que 38% dos eleitores do peemedebista avaliavam o prefeito como ótimo ou bom. Já em relação a Fernando Gabeira - "Frente Carioca" (PV-PSDB-PPS) -, Maia afirmou que ele tinha campanha "sublinhada" pelo candidato a vereador Alfredo Sirkis, outro ex-secretário seu, que lembrava realizações municipais
Segundo ele, o eleitorado da capital fluminense queria mudanças, mas com segurança. Por isso, teria afastado as candidaturas à esquerda, especialmente a do PC do B. Maia diz que o DEM decidiu apresentar uma candidatura de continuidade, mesmo sabendo que com isso rebaixava o teto de possibilidades a no máximo 15% dos votos.
Como a projeção para Marcelo Crivella - "Vamos Arrumar o Rio" (PR-PSDC-PRTB-PRB) - ficava nesse patamar, fixou-se nessa direção. "Sabia que o teto estava próximo a 15%, por isso trabalhamos para colocar Crivella abaixo de 15%", explicou. "Um teto baixo dificulta a eleição." Ele repudia, contudo, a avaliação de que a rejeição à sua gestão "contaminou" a candidatura Solange.
"O prefeito de Salvador (João Henrique, do PDT) tem uma avaliação pior que a minha segundo o mesmo Ibope e foi para o segundo turno", disse Maia. "(O presidente) Lula fez carreata, pintou e bordou na campanha da Marta (Marta Suplicy, do PT-SP) inclusive propondo o confronto com DEM-PSDB, e perdeu com toda a popularidade.