Jornal Correio Braziliense

Politica

PT quer Lula no palanque de Marta e considera disputa uma prévia de 2010

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Em busca da vitória no segundo turno das eleições municipais, a candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, vai concentrar suas atenções nas classes alta e média da sociedade paulistana. A idéia conquistar a simpatia deste eleitorado, uma vez que durante o primeiro turno, a petista identificou que sofre resistências dentro deste segmento. A tática a ser aplicada será definida até o final desta semana. Mas já foi estabelecido que a propaganda de rádio e televisão terá um novo formato. Será mais incisivo e direto, mostrando as realizações de programas sociais da gestão da petista e supostos equívocos do governo Gilberto Kassab (DEM). Inicialmente, a equipe de Marta vai comparar os programas das áreas de educação e transportes desenvolvidos por ela com os de Kassab. O objetivo, segundo integrantes da cúpula do PT, é mostrar as diferenças entre o realizado pela petista e o que deveria ter feito na gestão de Kassab ao dar continuidade à gestão de José Serra (PSDB). Paralelamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá comparecer pelo menos uma vez no palanque de Marta em São Paulo. Ainda não foi definido o momento. Mas quando ele participar da campanha, outros integrantes do governo federal também estarão presentes no palanque da petista. Por cerca de sete horas, o comando nacional do PT se reuniu nesta segunda-feira em Brasília. Durante a reunião, a disputa em São Paulo ocupou a maior parte do tempo das discussões. Para os integrantes da Executiva Nacional da legenda, a corrida eleitoral na capital paulista é a mais difícil entre as 15 capitais em que haverá segundo turno. Além da dificuldade política, há a questão do simbolismo que representa a disputa envolvendo a polarização PT e DEM-PSDB. Para os petistas, a vitória em São Paulo servirá como sinalização para as eleições presidenciais de 2010. Aspecto que também é avaliado da mesma forma pela oposição. Políticos do PT e PSDB compreendem que a disputa em São Paulo seria uma espécie de treinamento para as eleições majoritárias, uma vez que ambos os partidos lançarão candidatos próprios.