O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, negou hoje que haja tráfico de influência em seu ministério. A afirmação foi feita ao comentar reportagem publicada no sábado pelo jornal Folha de S.Paulo, segundo a qual o filho do senador José Sarney (PMDB-AP) Fernando Sarney, estaria sendo investigado por tráfico de influência no Ministério de Minas e Energia e em outros órgãos do governo. "Não conversei ontem, não conversei hoje e não conversei jamais com ele", afirmou. Lobão disse que as decisões de sua pasta são tomadas por ele e pelo presidente da República, "e por ninguém mais".
O ministro também admitiu ter sido sondado por lideranças de seu partido, o PMDB, para disputar em fevereiro a presidência do Senado. Lobão é senador eleito pelo PMDB do Maranhão. "Alguns líderes chegaram a fazer uma manifestação nessa direção", afirmou. Contudo, ele disse que, se depender dele, prefere continuar no ministério. "Acho que estamos realizando um trabalho aqui. Prefiro ficar. Mas o que o partido decidir, eu cumprirei.
Lobão pertence ao grupo político do senador José Sarney, que apoiou a candidatura do peemedebista Gastão Vieira na disputa pela prefeitura de São Luís. Entretanto, o candidato não conseguiu votos para ir ao segundo turno. Questionado se agora vai apoiar o candidato do PCdoB, Flávio Dino, Lobão respondeu que o grupo político ao qual pertence ainda não discutiu o assunto. Em relação à derrota de seu candidato, Lobão brincou: "Ele não foi derrotado, só não teve a vitória".