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Kassab se diz 'otimista', mas evita clima de já ganhou

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São Paulo ; Cercado por um batalhão de apoiadores, parceiros políticos, aliados do PSDB e jornalistas, o atual prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), votou por volta das 10h40 no Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, bairro na zona oeste da capital paulista. Ao sair da seção de número 0067 da 251' Zona Eleitoral, ele não negou o entusiasmo diante das pesquisas que o colocam no segundo turno e já projetam boas chances de vitória sobre sua adversária mais provável, a ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT). Mas preferiu manter o tom "politicamente correto" nas entrevistas: "Seria pretensão muito grande afirmar agora que estaremos no segundo turno. Vamos respeitar o eleitor e aguardar o término da votação. Porém, nada nos impede de ter muito otimismo, até por conta das últimas pesquisas, que nos dão posição confortável e expressiva." Ao ser questionado sobre a retomada da aliança com o PSDB, as estratégias para bater o PT na reta final e a vantagem que já teria aberto sobre Marta Suplicy nas primeiras projeções feitas pelos institutos de pesquisa, o prefeito democrata escapou das respostas, limitando-se a insistir: "Não seria correto, aqui, entendermos que já está definido o primeiro turno. Vamos aguardar o final do dia". Kassab começou o domingo tomando café da manhã com um grupo de jornalistas no comitê central de campanha, no centro da cidade. Em seguida, fez o trajeto até seu posto de votação de ônibus. Na porta do Colégio Santa Cruz, encontrou seu companheiro de partido, o ex-governador Cláudio Lembo (DEM), e seu novo aliado, o presidente estadual do PMDB e também ex-governador, Orestes Quércia. Acompanharam o voto de Kassab parlamentares e integrantes do PSDB que fazem parte da sua equipe de governo, como o deputado Walter Feldman, secretário de Esportes da prefeitura. Entre os vereadores, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Antônio Carlos Rodrigues (PR), e o vereador 'tucano kassabista', Ricardo Teixeira. Avassaladora Durante a passagem do prefeito pela zona eleitoral, um certo clima 'já ganhou' era evidente, tanto no entusiasmo da equipe quanto nos discursos de apoiadores como Lembo e Quércia: "São Paulo está ganhando no dia de hoje um novo político com qualidades excepcionais e uma capacidade de unir pessoas como poucas vezes aconteceu nesta cidade", afirmou Lembo, que foi vice-governador na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) e assumiu a administração estadual em meados de 2006, quando o tucano deixou o cargo para concorrer à presidência da República. Convicto da vitória, Lembo disse estar feliz porque, segundo ele, o prefeito é o único candidato jovem, "excelente articulador, homem de visão e um novo ator político não apenas para São Paulo, mas para o Brasil": "Nós paulistanos estamos de parabéns no dia de hoje, em que Kassab irá certamente para o segundo turno de forma avassaladora e, mais do que isso, vai vencer certamente o segundo turno também". Quércia, que foi assediado por todos os grandes partidos antes da campanha, mas fechou com Kassab e assegurou a ele o maior tempo de televisão no horário eleitoral gratuito, demonstrou satisfação com o resultado até agora. "É um quadro muito favorável. Kassab entra no segundo turno em posição extraordinária. Houve uma virada recente que representa a virada do povo de São Paulo. Não tenho dúvidas de que ele irá ganhar a eleição". Depois de votar, o democrata acompanhou o voto de sua vice na chapa, a engenheira peemedebista AldaMarcoantônio, antiga colaboradora de Orestes Quércia. Em seguida, foi visitar uma escola no distrito de Cidade Ademar, na zona sul da capital. A partir do final da tarde, o prefeito acompanha a apuração dos votos, ao lado de sua equipe, no comitê central da campanha.