Mesmo sem eleição este ano, as autoridades do Distrito Federal montaram uma força-tarefa para coibir a prática de crimes eleitorais. A principal preocupação é com denúncias de transporte irregular de eleitores para favorecer candidatos em municípios onde haverá disputa pelos cargos de prefeito e vereador. Homens das polícias Federal e Rodoviária Federal vão montar barreiras nas saídas do DF para evitar a prática.
Também integram o grupo a Justiça Eleitoral e o Ministério Público, que vão permanecer de prontidão durante todo o período eleitoral. O transporte irregular de eleitores é crime e pode resultar em pena de quatro a seis anos de prisão, além de pagamento de multa. ;Na eventualidade de prisão em flagrante por delito eleitoral, há todo um esquema montado;, explicou a juíza Marília Sampaio, que estará de plantão no DF.
A região do Entorno, que não recebeu o reforço das Forças Armadas, mas sofre com a violência, será um dos focos de atuação do grupo. Cerca de 100 homens da Polícia Federal do DF, além de agentes de Goiás, serão deslocados para a região. Municípios como Formosa, Valparaíso, Luziânia e Águas Lindas são prioritários.
;Os policiais vão coibir delitos próximo a locais de votação nos municípios com número maior de eleitores, em que a probabilidade de ocorrência de crimes é em maior proporção;, disse o delegado Maurício Rocha da Silva, que coordena a atuação dos agentes. Além disso, cerca de 2.500 homens da PM de Goiás também vão atuar no Entorno. Em Luziânia, Valparaíso e Águas Lindas, o Batalhão de Choque vai reforçar a segurança. ;Esses municípios têm, historicamente, disputas acirradas e os ânimos se exaltam;, disse o coronel Júlio César Motta, chefe de operações da PM de Goiás. Cerca de 600 policiais civis vão atuar em todo o estado.