Jornal Correio Braziliense

Politica

Kassab atribui crescimento à avaliação de sua gestão

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Confirmado em segundo lugar na última pesquisa Datafolha, com 27% das intenções de voto e oito pontos porcentuais à frente do tucano Geraldo Alckmin, o atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição pelo DEM, Gilberto Kassab, tem procurado mostrar tranqüilidade, otimismo e humildade na campanha eleitoral. Para ele, o crescimento verificado nas pesquisas eleitorais está diretamente ligado à avaliação que a população faz de sua gestão - segundo pesquisa Datafolha, 50% da população avalia seu governo como ótimo ou bom. "Eu sempre disse que à medida que a campanha fosse avançando, as pessoas que avaliam bem nossa gestão, observando que a gestão tem um candidato, teriam uma tendência a votar na nossa candidatura. Se elas estão contentes, entendendo que nossa administração é ótima ou boa, por que então não continuar? E isso gradualmente vem acontecendo", afirmou. O candidato da coligação "São Paulo no Rumo Certo" (DEM-PR-PMDB-PRP-PV-PSC) tem evitado cantar vitória antes da hora e não responde mais aos ataques de seus principais adversários. Nas ruas, sorri o tempo todo, acena para os eleitores e cumprimenta crianças, animadas com o "Kassabinho", boneco inflável que o acompanha nas caminhadas. Kassab voltou a dizer que divide a boa avaliação de seu governo nas pesquisas com o governador do Estado, José Serra (PSDB), e com sua equipe, composta por membros do DEM, PPS e PV, além do PSDB. Na visita que fez à Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Aviador Eduardo Chaves e na caminhada pela Vila Maria, na zona leste da cidade, ele foi acompanhado pelo secretário de Educação, o tucano Alexandre Schneider. "Volto, como nas vezes anteriores, a dividir esse resultado com a excelente equipe que temos, com os partidos aliados, como DEM, PSDB, PPS e PV, e com o governador José Serra, que foi prefeito no início da gestão e que hoje, como governador, continua sendo um grande parceiro", declarou. Segundo turno O prefeito disse estar otimista com a possibilidade de ir para o segundo turno, mas não quis falar sobre as alianças que devem ocorrer nessa etapa. Nem mesmo as críticas de Alckmin mereceram atenção - o candidato da coligação "São Paulo, na Melhor Direção" (PSDB-PTB-PHS-PSL-PSDC) acusa Kassab de ter manobrado para evitar a realização do debate da Rede Globo nesta semana e prega o voto útil, pois considera ter mais chances de vencer a ex-prefeita e candidata Marta Suplicy, da "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoB-PDT-PTN-PRB-PSB). "Todos sabem que a situação eleitoral na cidade de São Paulo é complexa. São dois partidos que se dão muito bem, PSDB e DEM, que governam juntos a cidade de São Paulo e o governo do Estado, que fazem juntos oposição ao governo federal, que governaram o Brasil juntos com Fernando Henrique Cardoso. Portanto, em breve vamos superar essa complexidade do ponto de vista eleitoral e, evidentemente, os dirigentes dos dois partidos vão saber encontrar o melhor caminho para que possamos caminhar juntos", disse. "O governador José Serra, assim como todos os dirigentes do PSDB e do DEM, sempre trabalharam pela aliança. Vamos aguardar o primeiro turno", afirmou.