A candidata à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PT) afirmou na noite de hoje, sem citar o nome, que o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, tenta "desqualificar" a proposta da internet de banda larga grátis. A declaração foi dada no penúltimo dia de publicidade eleitoral gratuita dos candidatos a prefeito na televisão.
"Chega ao absurdo de dizer que vamos cobrar isso e aquilo, mas repito: vai ter internet grátis para todos", respondeu Marta a uma música da campanha de Kassab que pergunta "Taxa de antena?", sugerindo que ela cobraria um novo imposto. A publicidade de Marta reiterou que, num eventual mandato da ex-prefeita, serão instaladas antenas em 3 mil prédios da Prefeitura.
Já Kassab preferiu criticar a gestão da saúde na administração municipal quando a petista era prefeita. "A saúde no tempo da Marta ia de mal a pior", afirmou o locutor. "Quando assumi, a situação era muito ruim e fizemos um grande esforço para melhorar. Ainda não está como eu quero, mas avançamos", disse o prefeito de São Paulo. Kassab prometeu construir mais três hospitais: Brasilândia, na zona norte, Artur Alvim, na zona leste, e Parelheiros, na zona sul. A publicidade do prefeito mostrou histórias de pacientes que foram bem tratados em hospitais municipais.
O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) atacou Marta na propaganda da noite de hoje. "Não podemos permitir que um governo irresponsável do PT volte a governar a cidade", disse, mas sem citar o nome da ex-prefeita. Também atacou a atual administração municipal, mas não mencionou Kassab, nominalmente.
De acordo com Alckmin, a capital paulista avançou em alguns setores, mas "perdeu muito na qualidade do serviço que a Prefeitura presta para a população". "O trânsito travou, a saúde você sabe o quanto o atendimento é ruim e a cidade está às escuras nos bairros da periferia e nas regiões mais privilegiadas.
O deputado Paulo Maluf, candidato do PP, optou por veicular imagens do debate da noite de ontem (28) na Rede Record de Televisão. "Marta teve sua vez e foi derrotada em 2004, sendo rejeitada pela população; Alckmin e Kassab fazem briga de comadres", disse em declaração reproduzida do debate.
No programa do candidato Ivan Valente (PSOL), a presidente nacional do partido, Heloisa Helena, apareceu pedindo votos para ele. "Ivan Valente é competente, honesto, é um lutador social. É o único candidato em São Paulo distanciado da falsa polarização dos mesmos que querem continuar comandando a cidade", declarou.
A candidata Sonia Francine (PPS), a Soninha, disse que, se eleita, "levará em conta" os conhecimentos da universidade, dos técnicos, de quem já passou pela Prefeitura, dos funcionários públicos municipais e do cidadão. "Compartilhar decisões com pessoas. Não abandono o ideal como meta, mas não abandono a realidade e não prometo o impossível", disse a candidata.
Edmilson Costa, do PCB, citou a crise econômica mundial, afirmando que ela "chegou ao coração do sistema capitalista e derrubou todos os mitos neoliberais". Anaí Caproni, do PCO, criticou as parcerias da administração municipal com organizações sociais. Renato Reichmann, do PMN, propôs o investimento em creches nos bairros. Ciro Moura, do PTC, mais uma vez, propôs o Plano Municipal de Saúde Livre Escolha (Plus). Levi Fidelix, do PRTB, disse que, se eleito, investirá em escolas e creches 24 horas, mas não esqueceu o aerotrem.