O programa eleitoral noturno de hoje foi marcado pelo mais pesado ataque já feito pelo candidato Gilberto Kassab (DEM) ao seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB). De forma contundente, o programa de Kassab rotulou a performance de Alckmin no processo eleitoral como "uma decepção".
"Confuso e nervoso, Alckmin decepcionou", disse o locutor, dizendo ainda que ele não teria se comportado à altura de outros nomes históricos do PSDB, como Mário Covas e Franco Montoro. "Atacou a honra de Kassab e de outras pessoas", disse o locutor. No restante do tempo, o programa buscou polarizar com a candidata Marta Suplicy (PT), apresentando as supostas diferenças ente o "CEU do Kassab" e o "CEU da Marta".
Por sua vez, em um clima de fim de horário eleitoral, o programa de Geraldo Alckmin apresentou uma panorâmica das propostas do candidato nas principais áreas. Apenas no encerramento, Alckmin citou seus rivais. "Compare a minha história com a do Kassab para evitar que o PT volte a governar São Paulo", disse.
A candidata petista Marta Suplicy apresentou suas propostas de urbanismo e habitação para as regiões centrais da cidade, não sem alfinetar a administração do atual prefeito. O programa exibiu realizações da gestão de Marta feitas na área central e mostrou depoimentos de populares destacando as obras e criticando o atual prefeito.
Distante dos três principais colocados nas pesquisas, o candidato Paulo Maluf (PP) repetiu a mesma linha dos demais programas, com depoimentos de apoiadores e a performance de uma atriz em estúdio. Ao final disse ser a melhor opção para quem não quer "briga de comadres" ou "a volta do PT".
Os candidatos Levy Fidelix (PRTB), Ciro Moura (PTC) e Renato Reichmann (PMN) usaram seus respectivos espaços para criticar e fazer propostas para a saúde pública. Já a candidata do PPS, Soninha Francine, defendeu propostas na área de segurança enquanto Ivan Valente (PSOL) trouxe manifestações de apoio de intelectuais à sua campanha. Edmilson Costa (PCB) se solidarizou com a luta social do presidente boliviano Evo Morales. Anaí Caproni (PCO) também deu apoio a o governo boliviano.