Os advogados do candidato do PMDB à prefeitura do Rio de Janeiro Eduardo Paes, esperam vencer com facilidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o recurso protocolado pela coligação da adversária Solange Amaral, que pede o impugnação da candidatura do afilhado político do governador Sérgio Cabral (PMDB). A coligação capitaneada pelo DEM do prefeito Cesar Maia alega que Paes não se desincompatibilizou da Secretaria Estadual de Esportes, Lazer e Turismo dentro do prazo legal para concorrer à eleição deste ano.
No entanto, o pedido de impugnação já foi indeferido por uma juíza de primeira instância no Rio e pelo plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Numa última tentativa de tirar Paes, que lidera as pesquisas de intenção de voto, da disputa, o recurso da coligação "Experiência e Sensibilidade para Mudar o Rio" (DEM-PTC-PMN) foi protocolado no sábado e distribuído no dia seguinte. O ministro Eros Grau foi designado relator. O caso ainda está sendo avaliado pelo Ministério Público (MP) e ainda não foi julgado.
Para o secretário-chefe da Casa Civil, Régis Fichtner, que ajudou na formulação da defesa de Paes, a exoneração dele na edição extra do Diário Oficial do Estado do dia 6 de junho com data retroativa ao dia 5 (data limite estabelecido na lei eleitoral) e assinatura do dia 4 do governador em exercício, o vice Luiz Fernando Pezão, é regular. O DEM argumenta que o documento não tem validade porque no período da assinatura Paes estava na Grécia para a cerimônia de divulgação das cidades candidatas finalistas para as Olimpíadas de 2016.
A defesa de Paes, da coligação "Unidos pelo Rio" (PMDB-PP-PSL-PTB), entregue à Justiça argumenta que ele se afastou no cargo no dia 1º de junho, quando viajou à Grécia a convite do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). O principal argumento da defesa é o de que ele não praticou ato administrativo durante a viagem, que teria sido custeada pelo COB, e restituiu o valor relativo às suas diárias. Somente Cabral assinou papéis.