O candidato a prefeito de Recife José Mendonça Filho (DEM) criticou nesta quarta-feira (24/09) a decisão do candidato petista João da Costa, líder nas pesquisas com 48% das intenções de voto, de continuar em campanha mesmo após ter a candidatura impugnada na terça pela primeira instância da Justiça Eleitoral. Costa, que é apoiado pelo prefeito João Paulo (PT), é acusado de usar a máquina administrativa da prefeitura e de abuso de poder econômico e político durante a campanha, e pode ficar inelegível por três anos, mas pode recorrer da decisão.
Em entrevista coletiva na noite de terça-feira, o candidato petista minimizou a cassação de sua candidatura e disse que nada vai mudar na campanha. Para o candidato do DEM, Costa tenta desqualificar o autor da decisão, o juiz eleitoral Nilson Nery, o que representaria "um desrespeito à democracia".
"A essência do estado democrático de direito é a independência dos poderes. A Justiça atuou de forma soberana, livre e independente. Confiei na altivez do Judiciário e também sempre disse que respeitaria qualquer decisão do juiz Nilson Nery",- reclamou Mendonça.
O candidato do DEM está em segundo lugar com 24% das intenções de voto, segundo último levantamento do Datafolha. Raul Henry (PMDB) aparece na terceira colocação com 9% das intenções de voto, seguido por Carlos Eduardo Cadoca (PSC), que tem 8%. No segundo turno, João da Costa venceria Mendonça Filho por 55% a 39%.
O pedido de impugnação foi feito pela promotora Andréa Nunes, que também havia solicitado a inelegibilidade por três anos do prefeito João Paulo. O candidato foi secretário de Planejamento e Orçamento Participativo da atual gestão.