A Justiça Eleitoral em Belo Horizonte rejeitou cinco recursos apresentados pela candidata a prefeita Jô Moraes (PC do B) e liberou o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), para participar do programa do candidato Márcio Lacerda (PSB).
As representações foram apreciados por juízes da CFPE (Comissão de Fiscalização da Propaganda Eleitoral). Em todos os recursos Jô questionava a participação de Aécio na campanha de PSB, uma vez que o PSDB não faz parte da coligação que lançou Lacerda como candidato.
Na representação em que a candidata questionava a participação explícita de Aécio na campanha de Lacerda, o juiz Marcos Padula ressaltou que Aécio é, "antes de mais nada, um cidadão e, como tal, possui o direito de livre expressão".
Em uma representação Jô dizia que o nome da coligação de Lacerda estava sendo distorcido pelo candidato, com a veiculação do nome "Aliança entre Aécio e Pimentel" --uma referência entre o governador e o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT). O nome da coligação de Lacerda é "Aliança Por BH".
Outras duas representações questionavam a gravação da propaganda eleitoral nas dependências de órgãos públicos municipais, mostrando entrevista com servidores. Uma delas foi indeferida por ter sido apresentada fora do prazo. Na outra, o juiz Adriano de Mesquita indeferiu o pedido de liminar da candidata, argumentando que "o uso da máquina alegado pela representante não é competência da CFPE". Na representação em que Jô também questionava o apoio de Pimentel e de Aécio à Lacerda, o juiz Adriano Mesquita Carneiro entendeu que a lei eleitoral não restringe a participação do governador, pois o partido dele não concorre à eleição majoritária em Belo Horizonte.