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Politica

Oposição classifica de 'sorte' aprovação do presidente

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A oposição ao governo no Congresso avalia que o recorde de aprovação obtido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (11/09) é coisa "momentânea" e diz que o presidente apenas está colhendo os frutos plantados no passado. Na opinião dos oposicionistas, Lula deu "sorte" de o petróleo na camada pré-sal ter sido descoberto agora. Líderes da oposição também acusam o presidente de estar "permanentemente em campanha", o que reflete no levantamento. "É claro que esse resultado é decorrência de sorte e muita campanha. O povo está achando que a descoberta do pré-sal é a solução de todos os problemas e põe isso na conta do Lula, mas é coisa de momento", avalia o líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal. Já o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), diz acreditar que grande parte da boa avaliação venha do momento econômico. O senador afirma, no entanto, que com a escalada da taxa de juros a economia não estará tão bem em 2009 e, conseqüentemente, a avaliação de Lula também cairá. "Todo o resultado positivo da economia vem de governos anteriores. Ele [Lula] só está colhendo os frutos do que foi plantado lá atrás", diz. Do outro lado, o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), atribui o alto índice de aprovação de Lula à consolidação de projetos como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que, segundo ele, traz cada vez mais resultados concretos à população. Para o deputado, o discurso equivocado e fora da realidade da oposição também ajuda. O resultado do Datafolha, que mostrou que 64% consideram o governo Lula ótimo ou bom, também deu fôlego para que o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) defenda, mais uma vez, que o presidente fique mais tempo no cargo. Precursor da idéia do terceiro mandato, o congressista agora defende que as eleições majoritárias aconteçam em 2012, não em 2010, o que daria mais dois anos a Lula. A idéia é que a partir de 2012 o mandato seja de cinco anos sem reeleição. "A pesquisa mostra que o povo não teria objeção em deixar Lula mais dois anos no cargo."