Foi política a decisão de suspender as obras do plano de expansão e melhoria do Aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo. Diante das críticas do prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM), que além de questionar a ampliação de um aeroporto que fica dentro da cidade reclamou por não ter sido consultado sobre o projeto, o Ministério da Defesa e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) decidiram "reavaliar" a reforma para evitar que as obras se transformem em polêmica de campanha eleitoral.
Ao tomar conhecimento das queixas públicas do prefeito, o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, procurou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, com a proposta de suspender a execução do projeto já previsto no Programa Geral de Obras e Serviços de Engenharia (PGOSE) da empresa, a um custo global de R$ 16 milhões.
Gaudenzi e Jobim avaliaram, então, que somente a construção da nova torre de controle do aeroporto deveria ser mantida, para aperfeiçoar a segurança de vôo no terminal. "O ministro Jobim e eu entendemos que a torre é uma questão de segurança e que não podemos brincar com isto, já que o Campo de Marte é um dos aeroportos mais movimentados do País", afirmou o presidente da Infraero.
Gaudenzi reconhece que um "equipamento" tão usado como o Campo de Marte - o quinto do País em operação - interfere na dinâmica da cidade. Exatamente por isto, avalia que o mais prudente é realmente parar a obra, embora parte dela já tenha sido licitada.