Ao contrário do que tinha sido anunciado antes do início da Operação Guanabara, os militares mobilizados para reforçar a segurança no período eleitoral não estão permanecendo 24 horas por dia nas comunidades ocupadas desde esta quinta-feira (11/09).
De acordo com o porta-voz do Exército, o coronel André Luiz Novaes, a justificativa para a saída das tropas à noite é ausência de campanha. "Como não tem propaganda à noite, não é necessário que as tropas fiquem na rua", disse.
Nessa sexta-feira (12/09), o Exército substitui a Marinha nas favelas Nova Holanda e Vila Pinheiros e os fuzileiros navais ocuparam as favelas Vila do João e Conjunto Esperança. Ainda há tropas no conjunto habitacional Cidade de Deus, Gardênia Azul e Rio das Pedras (Jacarepaguá).
Os militares que estão nas favelas do Complexo da Maré --Vila Pinheiros e Nova Holanda-- passam a noite em quartéis da avenida Brasil. As tropas das comunidades de Jacarepaguá (zona oeste do Rio) ficam em alojamentos improvisados nas próprias comunidades.
O Ministério Público pediu ao TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio de Janeiro que além das áreas dominadas por milícias, o Exército passe a atuar ainda nas cidades do Rio onde há denúncias de compra de votos. São as seguintes cidades: Magé, Itaboraí e Itanguá (região metropolitana do Rio).
Segundo o coronel Novaes, o Exército está à disposição para ampliar a atuação durante a Operação Guanabara. "O Exército tem 10 mil homens à disposição e só estão sendo usados 2.500. Não está descartado ocupar novas áreas", disse.