Brasília - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, evitou tecer comentários sobre as denúncias de que agentes de Agência Brasileira de Inteligência (Abin), teriam auxiliado o delegado Protógenes Queiroz, dentro da sede da Polícia Federal (PF), durante as investigações da Operação Satiagraha e também feito escuta telefônica de parlamentares, ministros e autoridades do Judiciário, conforme denúncia feita pela revista Isto É na edição desta semana.
"Esta é uma questão que vai ser resolvida pelo inquérito da Polícia Federal. É assunto exclusivamente para o inquérito. O ministro da Defesa não tem nada a dizer a respeito", afirmou, em rápida entrevista coletiva, após a cerimônia de comemoração do dia da Independência.
Indagado se o episódio do grampo telefônico e também das denúncias de que o comando da PF teria bloqueado recursos da Operação Satiagraha, respondeu: "Não há hipótese de nós fazermos qualquer manifestação. Quem vai resolver isso e esclarecer é o inquérito". E acrescentou: "O assunto está encerrado".
Questionado por uma repórter se teria medo de ser grampeado, respondeu ironicamente: " Não, só por ti". Ele destacou a presença da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na cerimônia. "É importante e mostra a integração entre Brasil e Argentina e a integração sul-americana", disse.